Liberação Miofascial

Por Irene Barros

A fáscia é um tecido conjuntivo, resistente e elástico, semelhante a uma fina membrana, que recobre todos os músculos do corpo e permite que haja um perfeito deslizamento entre eles durante a nossa movimentação. As fáscias formam um tecido de continuidade. Não há interrupção entre o final de uma fáscia muscular/ tendínea, com o osso e com o músculo seguinte. Isso nos leva a noção de que temos cadeias miofasciais que estabelecem a interdependência de todos os músculos entre si.

Restrições fasciais podem ocorrer por inflamações, inatividade e lesões, causando perda de elasticidade e tornando esse tecido desidratado.

A liberação miofascial é uma técnica onde se aplica pressão em determinados pontos do corpo, com o objetivo de aliviar a tensão muscular. NÃO É MASSAGEM! É um alongamento das fáscias, onde pequenas áreas de músculo são tratadas a cada movimento. Pode ser realizada manualmente, com um rolo ou bolinha de tênis.

Como acontece a liberação miofascial?

O terapeuta encontra pontos doloridos apenas pelo tato. Ao identificar uma área de tensão, aplica um alongamento desse tecido e espera o mesmo relaxar, em seguida aumenta-se o alongamento. O processo é repetido até que a área esteja totalmente relaxada.

Muitas vezes os pacientes são incapazes de identificar alguns pontos dolorosos, ou já estão acostumados a viver com eles, até o terapeuta encontrá-los. Esses são os pontos gatilhos miofasciais, ou “trigger points”.

Tensão muscular desigual pode contrair músculos, comprimir nervos e causar dor. Soltando e manipulando as aderências, devolvemos a elasticidade e flexibilidade perdida. Dessa forma, eliminamos a dor, seja ela crônica ou não. O tamanho e a sensibilidade desses pontos vão diminuindo com o tratamento.

Liberação miofascial dói?

Sinceramente sim! Entretanto, quando termina provoca uma sensação de grande alívio, pois ocorreu uma estimulação da circulação local e oferta de oxigênio para o tecido.

O uso exagerado da musculatura, maus hábitos posturais, padrão de movimento incorreto e até desgastes emocionais e stress podem levar alteração prejudicial da fáscia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima
×